Caminham ao arrebol
Na luz do Sol nascente e poente.
Saem das nuvens e descem
Celebrando a vida em toda a sua plenitude
Quem os vê?
Só quem tem a sensibilidade
De uma alma aberta aos mistérios
Do criador da criação
Ouvem o ruflar de asas
E um burburinho de cantos e risos
Que brotam de suas
Gargantas sacras quando se aproximam
Dos humanos.
Enamorados.
Eu já os ouvi.
Em revoadas
E sempre que preciso
Falo com o meu e quando o invoco
Ele vem sem demora
Acudir-me.
Pedi uma vez o meu em namoro
E sem titubear ele me respondeu.
Sim...
E por toda a
Eternidade.