terça-feira, 25 de outubro de 2016

Meus Olhos




Pelo canto dos meus olhos
Escorreram em serenatas
Noites serenas de amor
No olhar da paixão que nasce
Olvidando antiga dor
Uma estrela, então, brilhou.
Dentro da minha retina
Postado meu olhar em ti
E se desfez a neblina
A luz rompendo as trevas
Quando uma onda se chocou
Contra as rochas do meu peito
Que teimaram em namorar
As meninas dos teus olhos
Que ousaram fixar
Por breve instante em mim
E que eu jamais esqueci
Meus olhos nem são mais meus.
Vivem fora das órbitas
Procurando teu semblante
Que talvez nunca vivido
Neste mundo tão tristonho
E sequer tenha existido.
E que fora apenas sonho.

 Pelo canto dos meus olhos
Escorreram em serenatas
Noites serenas de amor
No olhar da paixão que nasce
Olvidando antiga dor
Uma estrela, então, brilhou.
Dentro da minha retina
Postado meu olhar em ti
E se desfez a neblina
A luz rompendo as trevas
Quando uma onda se chocou
Contra as rochas do meu peito
Que teimaram em namorar
As meninas dos teus olhos
Que ousaram fixar
Por breve instante em mim
E que eu jamais esqueci
Meus olhos nem são mais meus.
Vivem fora das órbitas
Procurando teu semblante
Que talvez nunca vivido
Neste mundo tão tristonho
E sequer tenha existido.
E que fora apenas sonho.


Eleni Mariana de Menezes

Meus Dedos

Fotografia de Denise Morcillo

Meus dedos
São meus medos
Arcas do segredo
Teias que me rendem
Prendem-me
A mim
Em travas que me escondem
Trevas que me calam
Sufocando-me
Apertam minha garganta
Mesmo quando sussurro
Meninos iletrados
Cegos
Não tecem
Não desenham
Não pintam
Não bordam
Não escrevem
São trêmulos e frios
Vazios
E sós na minha mão
São apenas dedos
Por isso mesmo
Retratam os meus medos.

Eleni Mariana de Menezes