sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Amor Imenso



Assim que entrei no teu radar

Eu soube

Que nem precisaria te olhar

Pra descobrir a nossa comunhão

De almas.

No entanto, mirei teus olhos

E me surpreendi com a magnitude

Do teu amor.

Compreendi que eu poderia

Raspar minha cabeça

Arrancar todos os meus dentes.

Perder toda a carne de meu corpo

Apresentando-me em pele e osso.

Descalça com os pés rachados e encardidos.

Roupa rota

Dessa maneira eu ainda caberia dentro do teu

Propósito de amor.

Então celebrei

E meu coração não parou mais de dançar.


Autora; Eleni Mariana de Menezes

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Crônica para Luíza




Luíza foi meu luzeiro por bons janeiros.
Amiga, derramava no olhar tanto afeto
Para mim
Como se filha dela eu fosse também.
Além do riso, tinha a fala, tinha o gesto
Um certo quê de bem-aventurança
E por ser uma mulher forte, foi meu norte
Em dias turbulentos de adolescente perdida
Sentava-me com Luíza e recebia conselhos
E atenção.
“Filha, por ali não”, ou “sim filha, você está certa,
mas pode melhorar se fizer de outra maneira.”
Ganhava-me, então, e corria a atender sua vontade.
Com uma sólida liberdade.
Transitei na sua casa e na sua vida
Por isso, Luíza esteve no meu coração
Por todos esses anos em que a vida nos separou
E o tempo não apagou minhas doces lembranças
Do amparo que eu recebi de Luíza
Quando eu mais precisei.
Ela esteve lá, presente nos meus domingos
Que seriam vazios e doloridos sem a sua força.
Agora ela partiu para sempre.
Não sem deixar-nos seu legado
De fé e esperança.
Na vida, nas pessoas, no amor.
E eu tenho certeza
Que a beleza da alma de Luíza
Espalhou-se por aqui e nunca mais
Vai se extinguir.

Autora: Eleni Mariana De Menezes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Miligrama de verso V




Eu te fiz uma proposta: 
O de sermos um romântico par na longa caminhada.
Refutaste sem nenhum pudor de me ferir.
Fizeste bem
Se seguíssemos meu ritmo 
Ficarias entediado com o meu vagaroso e singelo caminhar.
Se seguíssemos o teu
Eu ficaria infeliz por não conseguir te alcançar.


Autora; Eleni Mariana de Menezes

sábado, 13 de setembro de 2014

"DOIDA DE PEDRA"




O amor não viu a tua fulgurante beleza

De Aurora Boreal

Que ofusca as visões que contemplam teu semblante.

De deus belo.

Que atinge o âmago das almas apaixonadas

Perdidamente enamoradas

E nada dela tenho.

Não respeitou o odorífico frescor da tua pele.

De juventude que suscita desejos

De pertencimentos e afronta

A minha idade avançada.

E eu perturbada

Ruei às tontas tentando me aprumar, em vão.

Tão pouco mensurou as nossas diferenças.

A tua graduação

Elevada

Tua sumidade construída não por acaso

Em longo prazo

Entre livros e laboratórios

E a minha pouca, quase analfabeta.

Muito indiscreta

Vontade de te alcançar. Como seu eu pudesse!

Desfazer a abissal fenda

Que nos separa. Tu és A, eu quase Z.

Numa verticalidade de ABCD

Quando te amei...

Estava louca.

"Doida varrida"


"Doida de pedra".


Autora: Eleni Mariana de Menezes

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Miligrama de verso IV




“Quando derramas sobre mim o teu olhar de Sol,
 neste momento, 
 só neste momento
 eu ouço o som do coração do Universo
 e experencio a eternidade.”

Autora: Eleni Mariana de Menezes

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Miligrama de verso III




Passado?


É perdido.

Passo para trás.

Prefiro o


Presente lúdico que me


Presenteia com os sabores do agora.



Autora: Eleni Mariana de Menezes.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Miligrama de verso II





Alcandoradas esperanças!

Viajo pelo Universo nos teus rastros

À procura das bem-aventuranças.

Do encantado tesouro dos teus braços

Somos partes de um todo

Senão por que a sede e a fome

Devoradores das minhas entranhas?

Causas estranhas

Que não me deixam inerciar

Vivo a trovejar

Para o infinito o meu grito

Que ressoa pelos séculos.

Pois meu amor por ti é milenar.



Autora: Eleni Mariana de Menezes

domingo, 7 de setembro de 2014

EU SONHADOR




Olho pelo retrovisor da minha alma
E revisito com estranha calma
Meus momentos saboreados
Quando ainda, eu cheirava
A tinta fresca da vida.
Tinha, então, apurado o senso da alegria
E meus dias transbordavam de ternura
Entornava meus sons de amor por onde percorria
Da própria aventura
De ser gente.
Minhas noites eram carregadas de magia
Postada à porta uma imagem luzidia
Talvez fosse meu Anjo,
E me servia.
De espelho ali na minha frente.
Indecifrável e inteligente.
Que me guardava de mim mesma.
Onde está agora aquele ser
Quando mais dele preciso?
Por onde anda, por que não está mais comigo?
Não volta mesmo que eu implore de joelhos
Morreu?
Creio que não, apenas desistiu dos risos.
E perambula por ai tonto à espera.
De um final senão feliz, ao menos
De um sofrer menor.
Quem era?
Era o meu outro Eu, o sonhador.


Autora: Eleni Mariana de Menezes

sábado, 6 de setembro de 2014

O preço de um sorriso



Dizem que um sorriso não custa nada.

Custa sim, e, bastante.

Quanto custa, então?

O meu vale:

Algumas dolorosas horas na cadeira da minha dentista

E uma considerável quantia subtraída da minha conta bancária.


Autora: Eleni Mariana de Menezes 

Miligrama de Verso I




Dentro do Universo, nossa galáxia.

Dentro da nossa galáxia, a terra

Dentro da terra, Eu

Dentro de mim, o deserto

Dentro do deserto, um oásis

Dentro do oásis, uma fortaleza... 

Teus braços.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Perda Dolorosa





Retalhos das minhas lembranças estão por todo canto
Num desespero da alma que tenta ajuntar os poucos
Momentos de lucidez
Revisito minhas lembranças pra ver se te encontro
Ao menos nelas ou talvez
Resgate um gesto teu não acenado.
Por medo da minha impetuosidade.
Tinha de ter sido menos intensa
Com maior zelo da minha fala
E não ter extravasado o meu amor
Que liquidifica todo o esplendor
Da descoberta
Ah! Oferecida em demasia
Não podia
Ter entornado o meu coração nos meus recados
De amor pra ti.
Por ter sido sincera, tornei-me leviana.
Por ser afoita assassinei a esperança
E fiz lances tresloucados, ousados
E no fim
Perdi.

Autora: Eleni Mariana de Menezes.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

SOU EU



Fiquei perdida entre as tuas coisas

Magníficas ou pequenas. Por pouco

Achavas o meu riso solto ou embrulhado

No papel que escrevias os teus versos.

De amor não pude tecer nosso namoro

Debruçada na janela da tua alma embebida

Nas paixões que entornaste toda a tua vida.

No trovejar da voz que soltas quando atinges

O ápice do amor. Então, navego por telepatia

Na mesma magia.

Não é comigo, mas atinjo, também, grande ironia

O auge de ser troca, ser o outro, ser um só.

E quando sentes o arrepio de uma alma que te busca e

Beija-te até secar todo o desejo.

Afaga-te tanto que desemboca noutro lampejo

De mais querer. E tudo se repete.

Infinitamente,

Em pensamento apenas, lamento.

Ai sou eu. Apenas eu.

Autora: Eleni Mariana de Menezes

POEMA INACABADO


Sandra Poetisa

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POEMA INACABADO

És meu poema inacabado
decifro-me em versos
e declaro meus sentimentos
Disfarço minhas magoas
nas fantasias
mesmo perdida sou poesia.
Choro a beleza do encanto
do ser amado
que entre linhas dos teus
versos
se fez em prantos
amargando tristeza
neste universo onde mora a
saudade.
Do medo descoberto que
aumenta o prazer
que consome a fissura e
efetiva o desejo
Que me joga em seus braços
no flutuar das emoções da
explosão deste amor.

Poetisa Sandra Pires