Minha
alma se assemelha à cotovia
Que
canta prenunciando a esperança
Em
tal efeito se derrama em primazia
Do
saber ser um Ser cheio de bonança.
De
boas novas, anunciadora para todos
Quem
tem ouvidos afinados para ouvi-la.
Entretanto
está só e em doces modos
Reparte
primavera sem sequer usufruí-la
Prossegue
seu voo solitário "despareada"
Seu
canto inebriante, no entanto, entoa
Derramando
sua alegria tão preparada
Pro
banquete festivo da vida que povoa
Pradarias
repletas de seivas que florescem
Debaixo
dos seus olhos. E neles não refletem
Outro
servil e companheiro, pois fenecem
Seus
amores todos, que nunca se repetem.
Pobre
cotovia que cantando implora
Um
ser semelhante pra lhe acompanhar.
Irá
morrer só a qualquer hora
Sem jamais ter tido um par.
Autora:
Eleni Mariana de Menezes.