quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ode à VIDA




Eu sou a expectativa
Sou o calor
Sou o sabor
Sou o odor
Sou o amor
Sou o riso que troveja por dentro das entranhas e sai em sons de festa nas fendas das gargantas sensíveis
Sou o elo que seduz e se deixa fortalecer quando encontra amarras poderosas entre as unidades que o compõem.
Sou os dores, desses que defendem as criaturas da autodestruição e que dá o tempero à maturidade da alma.
Sou o espasmo que se arrebenta em júbilo
Sou a esperança de ser um Ser em excelência à imagem do criador.
Sou o infinito
Sou o sentido
Sou a graça
Sou a fogueira que aquece o último desmaio de paixão e o primeiro beijo febril dos amores possíveis.
Sou o devaneio que permite a viagem de ida e volta para os lugares recônditos do coração.
Sou a saudade que enxovalha os olhos e deixa-se derramar em chuvas quando se tem o objeto amado à distância.
Sou a despedida, aquela que despedaça-nos por dentro, juntando-nos em pensamento e telepatia.
Sou o silêncio
Sou a paz interior que projeta o verdadeiro Eu necessário para o crescimento Divino.
Sou os sonhos quando partem os amores impossíveis rasgando os véus tecidos com as frágeis ilusões para renascerem mais fortes com a certeza do prêmio eterno.
Sou a doce solidão que faz fugir de si mesmo para ser o outro que se busca sem cansaço.
Sou o amado
Sou o bafejo ardente das fossas nasais aumentadas pela libido que exala o perfume dos corpos em cio.
Sou o cio que se repete ininterruptamente e desabrocha em multiplicidade de espécies.
Sou os faróis dos olhos ardorosos
Sou a visão
Sou um Milagre
Verdadeiro
Divino.
Uma dádiva do Pai
Sou a VIDA!