Vou
estar tentando escrever a minha lenda
De prenda
nada. Preciso preservar a minha
fé
Vou
estar redesenhando o meu destino.
Desatino.
Não sou nem mesmo desenhista.
Vou
estar reconstruindo a minha estrela.
Sem
brilho que se apaga dia após dia.
Vou
estar bebendo meu último cálice derivativo
Do sacrifício
que eu escolhi para padecer.
Vou
estar soltando todos os bichos presos
Dentro
do meu ser pequeno e intempestivo.
Vou
estar decifrando meu enigma.
De
não ser nem de longe o que sonhei.
Vou
estar navegando entre as almas
Sonâmbulas
que giram em torno de si mesmas.
Vou
estar aqui neste lugar
Gerundiando
e cometendo neologismo
No meu
tempo de outono
Pra
ver se acaba o meu abismo.
E
no infinitivo possa a minha primavera retornar.