segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Olhar de fogueira



Tira de mim esse olhar
Que queima como fogueira
Ilumina igual luar
Em noite de Lua Cheia.

Não quero me apaixonar
Vai doer com dor de morte
Igual navalha cortar
E mudar a minha sorte

De alma desimpedida
E meu Sul vai virar Norte
Da calmaria da vida
Nunca mais serei consorte

E vou sofrer de saudade
Se afastares, enfim...
Se teu olhar desviar
Um só instante de mim.

Autora: Eleni Mariana de Menezes.

Debaixo do travesseiro



Poesia dentro da alma
Transito pela vida celebrante.
E se existe algo   
que me acalma
É postar minha alma agonizante
Ou festiva
Segura ou à deriva.
Nos meus versos
Que às vezes rimam, ora não rimam
De acordo com o clima
Do meu coração
Minhas singelas palavras podem evocar
Saudade de uma vida querida
Lá atrás e por força maior
Não acontecida.
No entanto prossigo
Com perfil altaneiro.
Com a pose de quem ganhou todos os jogos
E meus rogos
Escondo-os debaixo do meu travesseiro

Autora: Eleni Mariana de Menezes


Milhares de Universos



Tenho milhares de Universos dentro de mim
E te oferto todos eles
Eles se expandem e se comprimem ao teu bel-prazer
E são todos teus.
Vou de levitar, voar, sonhar
Até explodir em luzes de amor.
Porque de amar entendo
Sou posseira de carícias supremas
Que produzem marcas com sabor e cheiro
De eterno
E navego
Na imensidão do meu coração
Pra te dar o melhor dele
Mergulho nas profundezas da minha alma
E te abarca todo
Assim me encontro grande e tua
Febril de amor
Componho pra ti milhões de versos
E cabe dentro de mim
Todo amor que nasceu
E se espalhou como vento
Nos milhares de Universos.

Autora: Eleni Mariana de Menezes.


domingo, 28 de dezembro de 2014

Albatroz



Albatroz quero barganhar
Com a minha inércia o teu revoar
Preciso dele pra encontrar
O meu amor neste mar
Do destino tão extenso
Tão denso
Que não consigo enxergar
Onde ele se encontra
Em qual onda ele navega
E se me espera.
Ensina também pro meu bem
A ter somente um amor 
Da maneira que procedes.
Que para ele ser feliz basta ao meu lado
Permanecer até o fim.
E com igual sorte
Tua. Até a morte.
Troca de lugar comigo
Seja meu amigo.
Necessito sondar o céu.
E voar pelo infinito
Pro meu grito
De amor chegar onde ele está
E fazê-lo entender que estou solta e só
À espera de um único abraço
Mas, eterno.

Autora: Eleni Mariana de Menezes



sábado, 27 de dezembro de 2014

Reflexões de Ano Novo



Hoje ao passar ao lado da minha cesta cheia de frutas
Notei uma laranja podre no meio às outras.
Apanhei-a e  joguei no lixo.
Depois, limpei as que estavam próximas a ela.
Fiz uma breve reflexão da minha vida e pedi
Senhor, que nesse ano que se aproxima,
Retire da cesta da minha vida toda “fruta” que
Estiver deteriorada.
Que eu consiga enxergar quais pessoas representam
Na minha vida tais frutas.
E que eu consiga me purificar e me livrar de todo
O mal que por desventura, me deixei impregnar por elas.
Que eu não permita Senhor, nenhum ser nocivo à minha volta
Que jamais se apropriem de mim e da minha vida.
Que não me atinjam e não causem nenhum transtorno
Quer seja para minha alma ou para a minha mente.
E estenda esse favor aos meus amigos.
Amém.

Autora: Eleni Mariana de Menezes


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo




Que o Ano Novo seja para ti uma viagem
Surpreendente.
Nas estações da tua vida.
Que ele traga grande alegrias e realizações.
Crescimento intelectual, emocional e financeiro.
De forma exponencial
Que a tua inteligência emocional atinja o equilíbrio
Para que compreendas e aceites todas as mudanças
Que se fizerem necessárias para um extraordinário
Convívio entre os irmãos.
Que a harmonia dê lugar, sempre, aos desentendimentos
Que teu círculo de amizade seja saudável e forte
E que contribua para que alcances a paz e a felicidade
E a plenitude
Que a tua saúde seja consistente e constante.
Que a criança que está adormecido dentro de ti
Acorde pra sonhar outra vez
Pra ousar reinventar folguedos de amor.
E que o homem e/ou a mulher já latentes
Resgate de maneira inteligente
A criança e o sonho.
Por que é de disso que precisamos:
Muito sonho pra corrermos atrás
Muita vida pra nos sentirmos VIVOS.

Autora: Eleni Mariana de Menezes.

Que ano foi esse?






Que ano que é esse, que termina assim
Eu sem você e você sem mim?
Que ano foi esse que me levou seu amor?
Pro ano que vem eu peço um favor.

Devolve meu bem, que eu só vou celebrar
Se a vida trouxer meu amor pra ficar
Juntinho de mim com juras de morte
Se houver outra ida que seja por sorte
Dos dois lado a lado caminhando na estrada
Da vida e felizes. Só isso me basta.

Não vou festejar e nem veja talvez
Os fogos brotando no espaço outra vez
Estou preparando um abraço maior
Que essa tristeza de angústia e de dor.
          E meu coração há de destilar alegria
          E morrer pra eu nascer na pura magia 
          De amar sem medidas, e não haver mais
          Entre nós dois, separação, despedidas.

Pro ano que vem, eu quero de volta
Meu bem, meu amor, só isso me importa.   


Autora: Eleni Mariana de Menezes

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A proposta de PAZ



Não terás nenhum brinquedo
Teus folguedos?
Uma fuga longa e dolorosa
Tua riqueza?
A tua incomensurável sabedoria.
E a magia de ser Deus e ao mesmo tempo homem.
Por que pusestes tanto amor dentro de um só coração?
O teu. Sacrossanto e humanizado!
E tinhas mesmo de nascer
Em pobreza tão singular para um Rei
Pra dizer pro mundo que é o que o bom
Cabe em qualquer lugar.
Não necessariamente precisa estar
No mais alto patamar das posses.
E o mundo não te seguiu
Capitalizou-se. Transformou-se num frio mercado
Onde se vende a honra e a palavra
E onde se compram cargos.
E os encargos de tais proezas ficam com os fracos
E desvalidos sem amigos no poder.
Por isso tudo precisas, de fato, renascer.
Nos corações de todos.
Pra que entendamos de vez a tua proposta
De igualdade e de paz.

Autora: Eleni Mariana de Menezes.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bem-vindo Menino Jesus




Está chegando um Divino
Menino nascido de um sonho
Menino querido feliz e risonho
Do Pai predileto
De glória repleto
De luz e esplendor
Garoto dileto
Oriundo do amor
Deus menino nascido
Da flor
De nome Maria
De alma singela
Dentre todas a mais bela
Humilde e estrela
Leveza de alma
Que a todos acalma
Se a buscam em louvor.
Mulher Divinal
Mãe do Redentor
É filho, o Altíssimo
Jesus, o Senhor
O Filho do Pai, Unigênito
De poder revestido
Oh! mãe, teu menino
Nós é muito bem-vindo.
Oh! doce menino.
De poder revestido
Mudou nosso destino
Seja muito bem-vindo.


Autora: Eleni Mariana de Menezes



Uma estrela pra ti



Nasce uma estrela no Oriente
E percorre um caminho luzente
Pra guiar os visitantes do menino
Que nasceu pobre, mas Divino
Cresceu e se fez rei do destino
Da humanidade que Nele crer
Dono da verdade e do saber
Ser Filho do Altíssimo, revestido
De graças e poder
De Majestade e esplendor
De sabedoria e de amor.

É essa a estrela que desejo que guie
Teus passos e te conduza
Por trilhas serenas e tranquilas
Que jamais tenhas que enveredar
Por desvios perigosos e traiçoeiros.
Que tenhas a coragem
De seguir
Os passos exemplares
Daquele que foi sem dúvida
O Magnífico
Deus dentro de um homem.

Autora: Eleni Mariana de Menezes


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Que o Natal traga a paz.



Que a paz reine em cada coração
E que as esperanças se renovem
Nesse despertar que o Natal produz
Que a vida prossiga com esse movimento
De partilha e cada colaborador seja um
Disseminador de fé e de amor.
Que a bondade floresça e que vença a justiça
Que a vingança jamais prospere
Dando lugar ao perdão.
Que nos reunamos em volta da mesa
Com o carente irmão
Que saibamos partilhar o pão
E jamais faltar
A nossa contribuição
Pra promover um mundo bom de se viver
Em paz 


Autora: Eleni Mariana de Menezes

Que o Natal seja o ano inteiro




Desejo que a magia do Natal
Dure enquanto existir uma vida
No planeta azul, verde e marrom
Azul colorido pelas águas.
Verde tingido pelas matas
E marrom da cor da mãe terra
Que todo o sentimento
Que o Natal  encerra
Seja traduzido para o amor
E que ele brote em cada coração.
Que as partilhas sejam efetivas
Que não fiquem vazias as mãos
De nenhum dos nossos irmãos
Que as lembranças festivas.
Perpetuem pelo ano inteiro
De dezembro ao janeiro de 2016
E que aconteça nos anos vindouros
Até os finais dos tempos.


Autora: Eleni Mariana de Menezes



Natal de Luz



Que o Natal extinga toda a melancolia
Que não sobre nem uma pequena nostalgia
Pela falta de um bem-querer
Que seja sempre um renascer
De coisas boas e conquistas
E que se estenda pela vida
Inteira. Todos os dias do ano
Sejam de um desejo soberano
De paz e amor
E seja como for
A caminhada humana
Que ela aconteça sempre
Dentro dos planos Divinos.
E que o Natal que traduz
Alegria seja repleto de luz.

Autora: Eleni Mariana de Menezes

domingo, 21 de dezembro de 2014

A vida é BELA




Concordo que é a vida é de fato, bela!
Quando me debruço na janela
Da minha alma
E com absoluta calma
Contemplo as maravilhas
E os esplendor que existem
Em todas as criaturas
E revelações da natureza
No ruído do vento
No barulho das águas
No caminhar apressado das nuvens
No gorjeio dos pássaros.
No sol radioso
Na dança da lua: nova, crescente, decrescente, cheia
De amor e beleza
No cheiro da mata
De verde tingida.
Nas cores fulgurantes de um arco-íris.
E tudo tem uma proposta e uma mensagem
De paz e esperança
Pro ser humano que só não os entende
Por que não pára
Pra ouvi-los.


Autora: Eleni Mariana de Menezes.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Canção pra Izabella



Interrompida a Ciranda.
Ficou por ser feita uma trança
Na doce adolescência
Das paixões, efervescência.
Desfeita uma esperança
Uma pequena birra por querer
Dormir só mais um pouquinho
E depois correr
Pra ganhar carinho
Da mamãe e de mais doar quiser.
Um desejo que não mais virá.
Um piquenique, um banho de mar.
Um segredo pra melhor amiga
Talvez uma pequenina intriga
Porque seria humana e aprendiz
Nesta grande escola do Universo.
Um desassossego leve
Quando o primeiro amor viesse
Morar no coraçãozinho meigo
Um riso solto
Uma mão na mão
Uma canção
Marcante pra compassar o ritmo da vida
Que não veio
Nem chegou ao meio
Brutalmente ceifada ainda em broto
E o desgosto 
Nosso de perdê-la.
E Izabella virando uma Estrela.


Autora: Eleni Mariana de Menezes

A Amada



É tão bom estar aqui.
Passeando pela vida de bem com ela
Com meus amores e celebrando com o Universo
A magnífica permissão de poder sonhar.
E orquestrar todas as músicas que componho na alma.
Minhas melodias transmitem uma paz interior
Pro meu querido ego e desapego
De tudo que me é nocivo e perigoso
Gosto de caminhar por esta estrada
Que me foi oferendada
Para ser simples e feliz dentro do que cabe
No meu coração e quando almejo.
Pego. Requisito todo o meu desejo.
E sou correspondida pelo Criador
Que me ama com imenso amor.
Nesta maravilhosa estada.
Sou a absoluta Amada.



Autora: Eleni Mariana de Menezes

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

AMOR



Guardei um luar no meu quintal pra ti
Armazenei na gaveta melodias de amor
Plantei carinho às pencas e depois senti
Necessidade de imprimir maior ardor

Nos versos que eu tecia à luz do luar
Pra recitá-los baixinho e te ver sorrir
Esperei uma vida só pra te encontrar
Numa vida inteira só pra te servir.

Coloquei um trovão dentro do peito
Só pra ribombar, trovejar minha cobiça
Toda vez que me olhar meio sem jeito
Com esse olhar de menino mais bonito

E em os todos os castelos que eu criei
Existe apenas um soberano, único rei.
E em total plenitude me ganhas
Sem barganhas.


Autora: Eleni Mariana de Menezes.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Vida é Agora





Acorda amor
Sou eu o teu sonho
Menino risonho
Desperta pra vida
Que acaba tão logo
Depressa ela passa
E a tua pirraça
Fingindo ter sono
Vai nos separar
Cansei do abandono
Esquece o teu jogo
Abaixe tua guarda.
A vida é agora
Não vem outra hora
O amanhã é incerto
Talvez nem exista
Pra um de nós dois
Não deixa nosso amor pra depois.
Toma jeito
Recoste em meu peito
E segrede então
Que é meu, e só meu
O teu coração.



Autora: Eleni Mariana de Menezes.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Tragédia do Paquistão



Que sonho foi brutalmente interrompido?
Como Malala o de um ativista destemido?
Como Sharif o de um Primeiro-Ministro?
Ou um cantor como Kamal?
E não há nisso nenhum mal.
Qualquer que seja o sonho
Foi medonho
O interrompimento do desabrochar
De meninas e meninos paquistaneses.
Pelo ataque hediondo.
A poesia estancou nas ruas
Da triste Peshawar
E a dor espalhou-se no ar
E nos corações de pais
Que nunca mais terão de volta
A visão do seu amor
Seu pequerrucho se assomar na porta
E gritar respondendo um “ei”.
Mamãe! Papai! cheguei.


Autora: Eleni Mariana de Menezes



Meu Canarinho



Meu coração ouviu o teu chamado
Nem foi preciso meu nome gritar
Minha mente afetiva leu o teu recado
Nas ondas de amor. Voltei pra te buscar

Já estava em outra estrela distante
Há milhões de anos-luz da terra
Mas regressei no mesmo instante.
Não quis te deixar à minha espera.

Voltei. Estou aqui porque te amo
Voltei. Estou aqui porque te quero
Tenho dentro de mim um oceano
De amor e de carinho. Não exagero

És o meu sol. Voltei pra me aquecer
Longe de ti, minha vida é tão sombria
És meu farol, meu norte, meu bem-querer
Sem ti sou nada, sem nenhuma alegria.

Ah! Meu amor. Não posso mais fingir
Que posso te deixar aqui sozinho
Sou tua gaiola, não podes mais fugir.
Das minhas grades, és meu canarinho.


Autora: Eleni Mariana de Menezes 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Amor de Devaneios




O teu olhar de sol me queima se me olhas
A tua boca de mar me traga se me beijas
As tuas mãos se transformam em amarras
De amor, quando me prendes se desejas

Servir-te de mim entre suspiros e desmaios
E elevar-me à condição acima da humana
Etérea de Arcanjo. Rendo-me se teus ensaios
Orientam-me pra tua performance soberana

De rei. De sabedor de coisas divinas, preciosas
Que fazem o corpo desmanchar-se em chamas.
Desintegro-me com as tuas carícias saborosas
E renasço como fênix das cinzas e entranhas.

Que de amor tu sabes contar vários segredos
E eu bebo nesta fonte sem pudor e sem receios
Descerro pra ti todos os véus dos meus medos
E vivo eternamente assim, por ti, em devaneios.


Autora: Eleni Mariana de Menezes

A Sorte dos Ditongos



Até nos ditongos a sorte passeia
Vejam bem que ele semeia
Observem o ÃO
Produzindo encantamento nas palavras:
Coração
Compaixão
Perdão
Canção.
Todas elas nos remetem à
Emoção.
Agora o mesmo ditongo ÃO, em:
Segregação
Exclusão
Discriminação
Confusão
Estas palavras criam em nós uma baita
Indignação.



 Autora: Eleni Mariana de Menezes






domingo, 14 de dezembro de 2014

Desde sempre te amei



Eu vou te amar pra sempre
Dentro de todos os séculos
No tempo da eternidade
Acima de todas as verdades.
No bojo do infinito.
Na distância da última estrela 
Da última constelação.
Eu vou te guardar no coração
Enquanto houver mundo
Até o momento derradeiro
E nesse imenso fogareiro
Do meu desejo intenso
De mais querer ser
Mais que eu posso
Só pra te dar o que jamais foi ofertado
A maior prenda já vista
Eu vou buscar ser
Um tesouro
Daqueles que de tão alto valor
Somente é pago com muito amor.
É certo que eu te ame
Enquanto houver repetições
De vindas nas vidas que virão
No futuro.
Devo ter te amado desde o inicio
De tudo.
Desde o princípio.
Bem antes da primeira oferenda
Da primeira jura
De amor.

Autora: Eleni Mariana de Menezes

O Meu Palácio




Coloco dentro do meu palácio o que e quem eu quero:
O meu amado.
Alguns amigos.
Muita música
Muito riso
Muita dança
Uns bons filmes na minha cinemateca
Boas peças teatrais.
Uma excelente biblioteca
Muita paz
Algumas garrafas de Château de Beaucastel Châteauneuf-du-Pape
Alex Atala
E viva a minha fabulosa capacidade imaginativa.


Autora: Eleni Mariana de Menezes


sábado, 13 de dezembro de 2014

Um grito pela humanidade







Oh! Deus! Economizai os raios do vosso sol, que ele seja fraco como a estrela mais distante do nosso universo e deixai a terra sem a luz que vivifica e restaura, mas poupai a humanidade das guerras.
Economizai nos mares e oceanos, que eles não passem de riachos transitórios que secam até a sua última gota quando os verões tingem de sangue as pastagens secas e quebram em torrões a terra ressentida, mas por caridade, poupai a humanidade do desamor.
Que a primavera não chegue mais florescendo a serra e deixando um halo de divindade nas árvores grávidas de amor, mas poupai a humanidade da fome.
Que tenha no céu um único tipo de ave. Não precisais povoar as florestas e as matas de uma biodiversidade magnífica para encantar o homem, ele não precisará perder o seu tempo, assim, catalogando e estudando a enorme variedade de seres. Podeis, também, deixar que cresçam uma só qualidade de flor. Talvez a rosa que por sua simplicidade transmite humildade diante da imponência da Titan Arum.
Ou, ainda, podeis deixar uma bem pequena que dezenas delas caberiam na cabeça de um alfinete, a wolfia angusta.
Não retoqueis em demasia as vossas criações de flora e fauna.
Construi a natureza pobre e escassa de seres complexos deixando, então, o homem com parcos recursos de sobrevivência, mas poupai a humanidade das drogas.
 Eu troco Senhor, o azul que se estende no horizonte e deixa a alma embriagada de esperança pela paz mundial.
Quando o sol nasce e espalha raios coloridos enfeitando todo o nascente e revigorando as forças, podeis trocar pelo opaco anoitecer sem noites de luar.
E que as trevas cubram toda a terra para todo o sempre, mas não percais a vossa misericórdia na desorientada humanidade.
Que o dilúvio lave e leve a vida que brota em cada broto e flores que forram de amarelo as passadeiras dos vales sombrosos repletos de ipês.
Que a vida seja tão breve que não se possa sentir saudade e não se tenha lembranças boas que povoem nossas mentes crentes de que tivemos um dia anos dourados.
Mas, Senhor, perdoai em vosso Santo nome a humanidade toda sem que se tenha que judiar e matar de marte trágica, dolorosa, sequer um de meus irmãos.
Deixai Senhor, que eu ouça sempre o som do seu Grandioso Coração.

Autora: Eleni Mariana de Menezes



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ode à VIDA




Eu sou a expectativa
Sou o calor
Sou o sabor
Sou o odor
Sou o amor
Sou o riso que troveja por dentro das entranhas e sai em sons de festa nas fendas das gargantas sensíveis
Sou o elo que seduz e se deixa fortalecer quando encontra amarras poderosas entre as unidades que o compõem.
Sou os dores, desses que defendem as criaturas da autodestruição e que dá o tempero à maturidade da alma.
Sou o espasmo que se arrebenta em júbilo
Sou a esperança de ser um Ser em excelência à imagem do criador.
Sou o infinito
Sou o sentido
Sou a graça
Sou a fogueira que aquece o último desmaio de paixão e o primeiro beijo febril dos amores possíveis.
Sou o devaneio que permite a viagem de ida e volta para os lugares recônditos do coração.
Sou a saudade que enxovalha os olhos e deixa-se derramar em chuvas quando se tem o objeto amado à distância.
Sou a despedida, aquela que despedaça-nos por dentro, juntando-nos em pensamento e telepatia.
Sou o silêncio
Sou a paz interior que projeta o verdadeiro Eu necessário para o crescimento Divino.
Sou os sonhos quando partem os amores impossíveis rasgando os véus tecidos com as frágeis ilusões para renascerem mais fortes com a certeza do prêmio eterno.
Sou a doce solidão que faz fugir de si mesmo para ser o outro que se busca sem cansaço.
Sou o amado
Sou o bafejo ardente das fossas nasais aumentadas pela libido que exala o perfume dos corpos em cio.
Sou o cio que se repete ininterruptamente e desabrocha em multiplicidade de espécies.
Sou os faróis dos olhos ardorosos
Sou a visão
Sou um Milagre
Verdadeiro
Divino.
Uma dádiva do Pai
Sou a VIDA!


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cata-vento



Cata-vento ao relento
Teu destino é girar
Cata-vento um pé de vento
Está chegando pra aumentar
Teu movimento giratório
Rodopia sem parar.

Vem daí a tua força
Teu poder transformador
De energia em trabalho
E não foges do labor.

Quero seguir teu exemplo
E jamais querer parar
Nos meus giros pela vida
Com o intuito de alcançar

Meu amado, pois cansada
As forças minhas exauridas
Estanquei a caminhada
E sangrei minhas feridas.
Vivo aos prantos, pura dor
Estou enferma de amor.



 Autora; Eleni Mariana de Menezes.