quinta-feira, 6 de novembro de 2014

PURO INSTINTO?!






INSTINTO?

SIM, INSTINTO!

PURO INSTINTO?

ACHO QUE SIM.

FOI SOMENTE POR INSTINTO

QUE PAREI EM VOCÊ?

NÃO, INSTINTO NADA

MINTO.

FAREJEI TEU CHEIRO

ATRAVÉS DE MILHARES DE VIDAS...


Autora: Eleni Mariana de Menezes

RIMAS QUE CASAM





BEIJA-FLOR ?

PRIMOR?

FRESCOR?

FERVOR?

FULGOR?

ARDOR?

Agora sim, cabe o


AMOR

Autora: Eleni Mariana  de Menezes

ONDE O AMOR?






Espaço?

Traço?

Compasso?

Laço?

Desisto!

Nenhuma rima é bela se não casa com

Amor.

Autora: Eleni Mariana de Menezes

SINTONIAS & SINFONIAS




Em sintonia fina com o Universo

Que deleite!

Sou o Sol, sou Maré.

Sou um pé

De vento. Um vendaval

Um quintal

Carregado de luar

Sou a chuva que despenca

Em cantigas sonolentas de amor.

Sou Luares

De prata. Sou a nata

Da alvorada derramada nos umbrais

Sou serranias cheias

De magias

Sou o vale espraiado

Ao pé da serra

Sou o mar. Tenho

Ondas quebrando no meu ventre

Arrebento

Em uivos o meu gozo

Sou a estrada sem fim

Sou jasmim, 

O cravo, a samambaia

Sou a praia

Ensolarada.

Arrebato

A luz e viro Arco-íris

Sou um cisne

E sou o lago

E sou a negra nuvem

O farol do vaga-lume

O trovão.

O azul da imensidão.

A mata

A cascata

Sou o céu de anil

Sou o sol

O arrebol

Sou a vida

A avenida

A alegria

A sinfonia 

Sou o rei

E o plebeu

Enfim sou, também, Você e Eu.

Autora: Eleni Mariana de Menezes

Complexos existencialistas




Tomei o ônibus, estava indo prum lugar onde quase nunca me sinto bem; para preparar o espírito abri um livro de crônicas do Braga, a viagem é curta, posso ler rapidamente sem ser atrapalhado. Fui interrompido da melhor maneira possível, um perfume doce e delicado estava ficando cada vez mais forte, levantei a cabeça e me deparei com a mulher mais linda que já vi na vida; vestida com calça vermelha e sapatos de couro, cabelos louros, pele corada do sol, uma mochila grande com estampa floral nas costas, batom discreto, consigo lembrar até da cor da unha, não tinha erro, estava apaixonado. Quanto mais olhava-a, mais queria olhar, e, com medo dela estranhar disfarçava proutro lado como se nada quisesse, fui montando uma história, com um H presunçoso e proposital, dentro de minha mente, narrada por mim mesmo; acharia a forma de escrever pra ela, eu sentia essa necessidade! Naquele momento era algo que pulsava dentro de mim, eu estava apaixonado! O ponto chegou, avisou o apito final vindo do ônibus, desci sem dar adeus a Júlia, sim, ela tem cara de Júlia, não, eu não sei o nome dela de fato. Após ter colocado o primeiro pé no chão senti que deveria ter feito algo, mas, para surpresa maior ainda, um cheiro forte e selvagem atravessara o meu caminho, novamente nada de novo, pra essa dei o nome de Helena... O meu? Me chame de coitado.

Autor: Álisson Bonsuet