Não
sei por que, mas deixei a minha alma
Pendurada
em uma cerca de arame farpado.
No
meio de um pasto.
Quando
atravessei por ela
Ela
quis ficar ali retida naquela morna paisagem
No
meio do nada.
E
quando estou triste, cansada, desiludida, é lá que eu fico
Paralisada
Sem
memória da minha real história
E do
porquê de ser são tola e pequena assim.
Talvez
que eu sinta a minha vida
Igual
àquela nesga de lugar
Boba
e insossa.
Autora:
Eleni Mariana de Menezes.