domingo, 23 de agosto de 2015

Meu eterno amor






Não posso ir, pois não há  vida lá fora

Dos braços teus, meu oceano

De amor onde navegam

Minhas alegrias e meus sonhos

Onde parei, não por engano

Na sombra do teu porte

Viril e belo.

Bebo da tua boca minha fonte

Inesgotável de vida, meu elixir

De juventude.

Delicioso vinho que me fortalece

E embriaga a minha alma.

Alimenta-me e me deixa escrava

Muito feliz em servir o meu Senhor.

Meu rei, meu dono, 

Meu eterno amor.


Autora: Eleni Mariana de Menezes

Desvario





Ele não quis ou não querer fingiu
E, tão bem o fez que acreditei negada
E renegada pelo amor de tal vivente
E dor assim tamanha só a sente
A criatura mal amada.
E o Sol se pôs e renasceu indefinidamente
Eu insistindo loquazmente
Ele frio refutando minha oferta
De amá-lo eternamente.
Talvez, pensava ele, um dia
Quem sabe eu a tomo por minha
Há de chegar a vez dessa mulher.
E a vida breve passou
Sem sequer nos pertencermos
Ao menos um momento breve e frio
Ficamos um sem o outro
Ele acomodado,
Eu, segui transida em desvario.



Autora: Eleni Mariana de Menezes