Sabem aquela loba solitária da estepe
Que uiva para a lua em agonia?
Fugiu-lhe
o companheiro e recrudesce
A dor. Eis no chão, já morta, sua cria.
Está
sozinha na noite densa e tenebrosa.
O
vento sopra seu lamento à freguesia.
Que
não se importa com aquela desditosa
Por
não serem pares, lhes negam companhia.
A
loba, leitores, sou eu.
A noite, é a vida, longa e sombria.
O companheiro era meu sonho
Que
me abandonou no meio às tempestades
Daí, fiquei vazia.
A
esperança jaz morta, era tudo que eu tinha.
Minha
irmã, minha mãe, minha filha,
Era a cria.
Autora: Eleni Mariana de Menezes