Lá
vem a saudade roubar
A
minha cor, me desbotar
Mudar
meu tom de ouro em amarelo-pálido.
Transmutar
minha melodia em uivo lancinante.
Meu
tom destoar e aferroar minha garganta
Até
que eu grite ou fique muda.
Esvaziar
minha alegria, murchar minha euforia
Derrubar-me
do pedestal da minha indiferença
E
deixar a minha crença
No
amor virando nada.
E
desobrigada
De
crer e de ser.
Autora:
Eleni Mariana de Menezes