Meu
coração
Meu
lápis
Minha
pena.
Que
pena!
Foram
parados por uma bala
Traduzi
nos meus desenhos.
Um
grito de liberdade.
Igualdade,
e por que não?
De
fraternidade.
Herdei
senhores, o velho sonho e ideal
Da
Amada França
Não
pensei na minha segurança.
Não
tive medo da batalha
Que
enfrentaria por introduzir
Em
mentes,
Sementes
De
dúvidas.
De
um pensar maior
E
questionamentos
Desconcertantes.
Não
existirão mais na minha
Pauta
de humor.
Meu
deboche sério.
Meu
despudor sem rancor
Meu humor satírico
Quase lírico...
Minha acidez sincera
Meu humor satírico
Quase lírico...
Minha acidez sincera
Tecida só por eu ser um grande
E irrequieto
pensador.
E agora..
A minha ironia aguçada, afiada.
E agora..
A minha ironia aguçada, afiada.
Volta-se para mim.
De
maneira contundente
Entranha estranha na minha história.
A
mesma arma que provoca a minha morte
E
me leva para a eternidade.
Crava
em mim
A
real Imortalidade.
Cartunistas
do Charlie Hebdo.
Autora:
Eleni Mariana de Menezes.